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Ma Chérie + eu!

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Foto do dia 23/08/2010

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Quando você se foi...

”É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser, quando me lembro de você
Que acabou indo embora cedo demais...”

Pois bem, andei sumida. Faz algum tempo que não posto no blog e desde então muita coisa aconteceu. E a pior de todas e que me causou mais dor, a partida de Cherie. Me lembro como se fosse hoje, meu desespero e sofrimento...no dia 06/05/2013 partia minha amada Cherie.
Me custa muito falar no assunto, ainda hoje é impossível conter as lágrimas quando penso nela, venho tomando coragem para escrever esse post desde sua partida, e como podem imaginar, não está sendo fácil e por esse mesmo motivo não irei me prolongar. O que posso dizer é: - Saudade, muita saudade.
Me tranquei em mim e por algum tempo não cogitei a possibilidade de ter um outro “filho”. Sentia quase como se fosse uma traição a sua memória se quer pensar no assunto, ela era especial...ela ainda é!
Pois bem, alguns meses se passaram e mesmo muito magoada resolvi  dar uma chance para outro anjo, acabei adotando Kili no dia 07/09/2013. 

Kili
Kili estava na casa de uma amiga, que o comprou e não soube lidar com seu temperamento, com medo e raiva do coitado por causa dos ataques, acabou “abandonando-o” na casa da mãe quando se mudou. Ele vivia confinado em uma varanda de cimento batido, sozinho e com poucos cuidados. Passei por cima do meu sofrimento e resolvi adotá-lo, era inaceitável saber de sua condição e não fazer nada. Ainda mais depois de saber da antiga tutora que se eu não o “pegasse” ele seria doado a qualquer um que se interessasse. E isso foi o suficiente pra me deixar desesperada, sabemos muito bem qual seria o destino do coitado, achei que ele merecia uma nova chance.

Quando adotei Kili, tinha sarna nas orelhas (que estavam peladas), seu peso estava abaixo do normal, a pelagem estava praticamente compacta e colada ao coro, de tanto que eram os nós, foi difícil até mesmo para tosar, nem a tesoura conseguia romper o emaranhado, estava cheio de pulgas e carrapatos, fato que me deixou muito abismada e triste, pois com a pelagem do jeito que estava, o coitado não consegui nem ao menos se coçar. O couro estava repleto de feridas causadas pelos parasitas, seus dentinhos estavam cariados, grandes demais e com uma fissura, provavelmente sentia dores. O processo no início foi difícil, muito agressivo e assustado, provavelmente causado pela falta de convívio com pessoas.
Não consigo enumerar as mordidas que levei, uma castração e uma dívida substancial no veterinário para exóticos depois....eis o Kili hoje, um anjo, dócil e brincalhão. Apesar da boa adaptação, é reservado e ainda prefere seu cantinho ao invés de explorar o ambiente. Kili é a prova que não existe animais ruins....tudo depende do amor e paciência que dedica.