”É tão
estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser, quando me lembro de você
Que acabou indo embora cedo demais...”
Pois bem, andei sumida. Faz algum tempo que não posto no
blog e desde então muita coisa aconteceu. E a pior de todas e que me causou
mais dor, a partida de Cherie. Me lembro como se fosse hoje, meu desespero e
sofrimento...no dia 06/05/2013 partia minha amada Cherie.
Me custa muito falar no assunto, ainda hoje é impossível
conter as lágrimas quando penso nela, venho tomando coragem para escrever esse
post desde sua partida, e como podem imaginar, não está sendo fácil e por esse
mesmo motivo não irei me prolongar. O que posso dizer é: - Saudade, muita
saudade.
Me tranquei em mim e por algum tempo não cogitei a
possibilidade de ter um outro “filho”. Sentia quase como se fosse uma traição a
sua memória se quer pensar no assunto, ela era especial...ela ainda é!
Pois bem, alguns meses se passaram e mesmo muito magoada
resolvi dar uma chance para outro anjo, acabei
adotando Kili no dia 07/09/2013.
Kili |
Kili estava na casa de uma amiga, que o comprou e não soube
lidar com seu temperamento, com medo e raiva do coitado por causa dos ataques, acabou
“abandonando-o” na casa da mãe quando se mudou. Ele vivia confinado em uma
varanda de cimento batido, sozinho e com poucos cuidados. Passei por cima do
meu sofrimento e resolvi adotá-lo, era inaceitável saber de sua condição e não
fazer nada. Ainda mais depois de saber da antiga tutora que se eu não o “pegasse”
ele seria doado a qualquer um que se interessasse. E isso foi o suficiente pra
me deixar desesperada, sabemos muito bem qual seria o destino do coitado, achei
que ele merecia uma nova chance.
Quando adotei Kili, tinha sarna nas orelhas (que estavam
peladas), seu peso estava abaixo do normal, a pelagem estava praticamente
compacta e colada ao coro, de tanto que eram os nós, foi difícil até mesmo para
tosar, nem a tesoura conseguia romper o emaranhado, estava cheio de pulgas e carrapatos,
fato que me deixou muito abismada e triste, pois com a pelagem do jeito que
estava, o coitado não consegui nem ao menos se coçar. O couro estava repleto de
feridas causadas pelos parasitas, seus dentinhos estavam cariados, grandes
demais e com uma fissura, provavelmente sentia dores. O processo no início foi
difícil, muito agressivo e assustado, provavelmente causado pela falta de
convívio com pessoas.
Não consigo enumerar as mordidas que levei, uma castração e
uma dívida substancial no veterinário para exóticos depois....eis o Kili hoje,
um anjo, dócil e brincalhão. Apesar da boa adaptação, é reservado e ainda
prefere seu cantinho ao invés de explorar o ambiente. Kili é a prova que não
existe animais ruins....tudo depende do amor e paciência que dedica.
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